12 setembro 2007

Sobre o Autismo- outros blogues

Em viagem por outros blogues encontram-se sempre coisas de algum interesse.
Esta é de alguma forma curiosa.
Convidam-nos a fazer um teste.
Comportarmo-nos-emos nós de forma autista?
Seremos nós autistas?
Convido a leitura dos comentários. Convido-o á reflexão.
Faça o teste. Perceberá através das perguntas como se observam comportamentos autistas.
Que não significam nunca que seja portador desta perturbação. Significa tão só, que em alguns momentos da sua vida ou por formação pessoal adoptou comportamentos que lhe permitiram agir perante o mundo e a vida. Todos o fazemos de forma diferente.
Da melhor maneira possivel.
ver aqui

12 agosto 2007

Snow Cake

“Não sou doida por blockbusters. Pelo contrário. Já descobri há muito que às vezes se encontram verdadeiros tesouros entre aquilo que não é tão consumido. Snow Cake é um desses tesouros. Autêntica pérola sobre o autismo (de que eu sabia quase nada) e sobre a natureza humana.
Trata-se de uma história relativamente simples. Do poder das amizades inesperadas, de mundos ditos incomunicáveis que afinal se tocam, de pessoas que descobrem em si uma força que desconheciam, de demónios interiores que se exorcizam. De diferenças e semelhanças. No fundo, trata de cada um de nós.

Uma das três personagens principais do filme é um forasteiro, Alex Hughes (o grande Alan Rickman, que não deveria ser só recordado pelo papel em Harry Potter!) que, relutantemente, aceita dar boleia à jovem alegre e descontraída Vivienne Freeman (Emily Hampshire) até à sua casa em Wawa. Aspirante a escritora, Vivienne aproxima-se de Alex com a crença de que, já que ele parece tão solitário, deve ter uma boa história de vida para contar. Mas, tragicamente, ela não chegará a casa. O carro onde seguem tem um acidente, do qual Alex escapa ileso e Vivienne tem morte instantânea. O resto da história passa-se em Wawa, com Alex a tentar redimir-se de uma culpa que lhe pesa, ajudando a mãe autista de Vivienne, Linda, a preparar o funeral. De facto, a personagem chave desta história é, inquestionavelmente, Linda.

Linda Freeman (Sigourney Weaver) vive num mundo diferente do nosso, um mundo estranho e obsessivamente organizado. Ela não é louca nem anormal. É tão-somente diferente e, por isso, especial. Tem autismo. É fascinada por coisas que brilham, consegue combinar números com extraordinária rapidez e habita um universo de extrema precisão que não permite infacções ou sujidade. Contudo, tem uma enorme falta de empatia pelas pessoas ditas normais, que, no fundo, só a querem ajudar. Aliás, a sua primeira cena é deveras constrangedora e pode até parecer fria e despreocupada porque, nessa altura, o público ainda não tem a informação de que ela é autista. Como reagiriam se, na posição de Alex, fossem dar os pêsames à mãe da pessoa que levavam convosco no carro e ela se limitasse a dizer, sem denotar qualquer emoção pela morte da filha há duas horas atrás, qualquer coisa do género: "Ah, está bem, não faz mal"?

Mais tarde, percebemos que ela é mesmo assim e que tais atitudes não representam de modo nenhum uma ausência de emocionalidade mas antes uma forma diferente de experienciar os sentimentos (veja-se a sua cena de dança no dia do funeral). De facto, uma das coisas que torna o desempenho de Weaver memorável é o facto dela levar à personagem de Linda uma veracidade tal, que devia até ser premiada por isso. Uma Weaver como nunca antes vista! A sua actuação não está muito distante do Rain Man de Hoffman, digo eu. Além disto, a sua personagem parece carregar em si tanta lógica que, somos nós, tal como Alex, quem se começa a sentir um pouco burro e a questionar as coisas sem sentido que fazemos. Afinal, porque é que não podemos sentir a mesma alegria que, quando crianças, tínhamos ao brincar na neve? Porque é que é inapropriado fazer palhaçadas num trampolim? Porque é que lutamos tanto para apagar certas lembranças e esconder certos passados?

Um destaque especial ainda para a personagem de Maggie (Carrie-Anne Moss), a vizinha de Linda que vai ajudar Alex a encontrar-se a si mesmo. Carrie aparece magnífica, lindíssima e com uma sensualidade que não lhe conhecia. Acho que, de tantos Matrix's, a minha percepção desta actriz foi influenciada. Mas, ainda bem que entra neste filme!

Na minha opinião, o filme mostra também Rickman no seu melhor. O seu humor sarcástico, ao contrário da comédia física, aproxima-se mais da vida real, repleta de ironias. E, não sendo propriamente um filme para rir, existem ao londo do filme falas deveras engraçadas como quando Linda compara comer neve a ter um orgasmo ou quando Maggie pede para dispensarem o jantar porque ela não gosta de ter sexo de barriga cheia.

Como já referi Snow Cake é um filme muito pessoal e não um blockbuster. No entanto, são poucos os filmes que, tal como este, conseguem enriquecer o modo como nos vemos a nós próprios e o modo como lidamos com a diferença. Recomendo vivamente.”


Texto retirado do Blogue Estrela do Mar em
Descobri em viagem pelos blogues na net este filme comentado.No blogue Estrela do Mar. Não resisti a pô-lo aqui neste espaço.Os comentários referem-se ás interpretações. A nós importam-nos outras formas de actuações. Fiquemos com o que de melhor e de útil nos possa trazer. Clique aqui,Clique aqui,foi de onde o tirei. Obrigada á Marisa por tè-lo escrito.

10 agosto 2007

Autismo - uma abordagem geral

Série- Discapacidades Humanas

Apesar de falado em espanhol não me parece necessário fazer uma síntese do que é abordado por me parecer bastante compreensivel e simples a forma como está apresentada a temática. No entanto, e caso surjam algumas dúvidas, estarei aberta a sugestões. Como sempre, ao dispor.

01 agosto 2007

O Abcedário


A "Rua Sésamo" trouxe-nos de forma divertida as coisas que a Escola também nos ensinava. Fica aqui de vez em quando um espaço para os visitantes mais novos. Para os mais velhos a memória do que se aprendeu com um sorriso nos lábios. Como sabe bem aprender.

27 julho 2007

Mentir

Na leitura que prometi fazer em conjunto com quem visita este espaço escolhi visitar alguns excertos que falam do conceito da mentira e de como ela é entendida pelo autista. Assim transcrevo: "È-me díficil imaginar coisas que não me aconteceram (pág. 16)". Pode-se aqui também ver como o pensamento divergente não existe dificultando assim a imaginação e a criaçao.
Mais á frente , na página 32 o personagem refere " uma mentira é quando dizemos que aconteceu uma coisa que não aconteceu. Mas existe apenas uma coisa que aconteceu num determinado momento e num determinado lugar. E existe um número infinito de coisas que não aconteceram nesse momento e nesse lugar. E se eu penso em alguma coisa que não aconteceu, começo a pensar sobre todas as outras coisas que não aconteceram ... isto fa-me sentir trémulo e assustado..." Isto revela-nos a insegurança que se pode sentir ao sair-se do que ele pode ver e viver. Do seu mundo real e perceptível. Não se espere dum jovem autista um relato que não corresponda á sua realidade. Voltarei a mais leituras do "Estranho caso do cão morto"

23 julho 2007

O Programa Son Rise

Esta é mais uma história em que pais tentam novas abordagens ao mundo estranho e fechado do filho autista. É a história de Jade A filhota do papá que se recusa a olhá-lo e a responder quando a chamam. Apática refugia-se no seu mundo ode permanece enrolando objectos ou desenhando sem parar.

Os pais seguindo o exemplo do que se passa no filme "Son Rise", já aqui documentado, decidem pedir a ajuda a um grupo de voluntários para durante um período de 14 horas semanais estarem com a sua filha. Nesse período farão com ela tudo o que ela faz. Imitá-la-ão constantemente. Suportarão dias e dias de choro consecutivo. Procurarão construir a ponte que os levará a ela.

Um dia a porta abre-se. A aprendizagem começa.

Jade começa finalmente a olhar nos olhos dos outros, a relacionar as coisas e finalmente interage, imitando o outro e mostrando a sua personalidade.

Uma forma, uma experiência. uma história.

20 julho 2007

"Desculpem-me, ela é autista"


""Excuse me, SHE'S AUTISTIC", é um filme que pretende informar quem o vê acerca dos desafios que uma mãe sózinha tem ao educar uma filha autista.
O Autismo é uma desordem que pode afectar a forma como uma criança se comporta, pensa, comunica e interage com outros. Crianças com Autismo são afectadas de diferentes formas. Algumas têm apenas pequenos sintomas e atingem indepêndencia, enquanto outras têm sintomas mais severos e precisam de ambientes que de alguma forma as suportem e apoiem durante toda a sua vida.
O Autismo afecta mais de uma criança em cada 175 em idade escolar, de acordo com o U.S. Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Aproximadamente 300.000 dessas crianças são diagnosticadas com esta desordem. É mais comum em rapazes que em raparigas, e é normalmente diagnosticada quando uma criança tem entre 15 e 36 meses, apesar de alguns sinais desta desordem poderem aparecer mais cedo. Os pais de crianças com Autismo desesperam muitas vezes á procura de ajuda. Alguns pais de crianças com autismo severo podem chegar a pensar que é demasiada pesada a tarefa da família por não desenvolver as capacidades suficientes para suprir as necessidades da criança e assim poder viver com alguma paz."

Meu Filho, Meu Mundo

Título:MEU FILHO, MEU MUNDO (Son-rise: a miracle of love)
Direção:Glenn Jordan
Elenco:James Farentino, Kathryn Harrold, Stephen Elliott, Henry Olek, Carrie Sherman, Erica Yohn, Michael Adms, Casey Adms
Local:EUA
Data:1979
Produção:Richard M. Rosenbloom
Gênero:Drama
Descrição Física:1 videocassete (96 min), VHS, son., color.
Assunto:Autismo. Crianças autistas.
Notas:Legendado.
Resumo:
Quando nasceu, Raun era um saudável e feliz bebê. Com o passar dos meses, seus pais começam a observar que há alguma coisa estranha com ele, sempre com um ar ausente. Um dia vem a confirmação do que suspeitavam... Raun era autista. Decidem então penetrar no mundo da criança, acreditando que somente o milagre do amor poderia salvá-lo.
Localização no acervo: USP/IP/SBD FIV-21
Número de Registo: 031

19 julho 2007

Como me sinto


Imaginem por um momento o que sente uma criança com Autismo.
Os sons são mais fortes, as imagens mais intensas. Como se vivesse a vida dentro duma montanha russa. Demasiado vertiginosa.
E o mais dificil ainda é que só ela sabe o que sente. Vive preso a um corpo sem poder dizer o que se passa.
Se não o escutarmos, o autismo, permanecerá sem rosto.
O Autismo não tem cura, mas tem esperança.
Podemos trabalhar para que possa comunicar com os outros, expressar as suas emoções e brincar com os demais.

18 julho 2007

Como podemos ajudar

Tendo em conta que o Autismo é uma desordem neurológica do desenvolvimento caracterizado por dificuldades em várias áreas: comunicação, interacção social, funcionamento cognitivo, processamento sensorial e comportamento, podemos ajudar nas seguintes áreas:

Meio Ambiente
Promover um ambiente seguro e previsível
Proporcionar uma rotina diária consistente
Prever alterações de rotina
Reduzir os distractores e a sobrecarga sensorial (auditiva, olfactiva, táctil, visual
Adequar as tarefas ás necessidades, interesses e nível funcional do aluno
Maximizar o processamento visual (área forte

Socialização
Enfatizar o procedimento social, mais que o resultado
Evitar que a criança seja alvo de implicações ou troça
Promover o convívio com os colegas
Criar situações de ensino cooperativo onde o aluno possa participar
Elogiar os colegas quando colaboram
Encorajar a proximidade física e o contacto visual

Comunicação
Usar uma linguagem clara, precisa e directa
Falar literalmente( sem ironias, duplos significados,...)
Evitar a sobrecarga verbal, utilizar frases curtas
Falar devagar e num tom calmo
Usar gestos e modelos como complemento das verbalizações
Conseguir a atenção do aluno
Informar com precisão o que se pretende e as mudanças

Informação distribuida a tecnicos e pais em acção de formação dada pela D.R.E.C.

17 julho 2007

Adoro o meu animal de estimação


Sabia que o seu animal de estimação poderia ser um excelente psicoterapeuta para si, sem necessidade de sair de casa, nem pagar uma sessão num consultório? De acordo com estudos realizados o contacto com mascotes traz excelentes benefícios para pessoas com problemas como autismo, agressividade e paralisia cerebral.
Aqui vimos como um pequeno animal trouxe tanta felicidade e conforto a uma criança com autismo.

Golfinhos para o silêncio

Leitura a dois

" O estranho caso do cão morto" escrito por Mark Haddon e publicado em Portugal pela Editorial Presença, é um livro que me proponho ler convosco.
Mark Haddon é professor de escrita criativa e trabalhou sempre com crianças e jovens autistas. Neste livro, fala-nos na primeira pessoa encarnando um adolescente autista de 15 anos, que nos leva através duma investigação acerca da morte dum cão.
A forma, como este livro está escrita, é extremamente agradável e faz-nos compreender muitas das caracteristicas, que percebemos, ao relacionarmo-nos com pessoas que sofrem de autismo.
Espera-se a sua adaptação ao cinema. Até lá, vou lendo convosco algumas partes. Espero aguçar-vos o apetite.

Personagens célebres portadoras de Autismo

Um investigador irlandês acaba de revelar que algumas das grandes figuras da humanidade podem ter sido vítimas de autismo. Segundo Michael Fitzgerald, da Trinity College, de Dublin, o filósofo Sócrates e o biólogo Charles Darwin apresentavam sintomas de uma desordem psiquiátrica denominada Asperger.
Os portadores deste síndrome possuem pouca habilidade para interagir socialmente e são obcecados por temas complexos. Contudo, também são frequentemente brilhantes e eloquentes.
Segundo informa a BBC esta sexta-feira, Fitzgerald chegou a esta conclusão depois de comparar os sintomas da desordem com dados obtidos nas biografias das personalidades.
«O síndrome de Asperger faz com que as pessoas fiquem mais criativas», explica o investigador.
«As pessoas com esta desordem são geralmente viciados no trabalho, extremamente concentradas no que fazem e tendem a ver as coisas a partir dos pormenores em vez de visualizar, primeiro, o quadro geral, como a maioria das pessoas faz.»
Fitzgerald deu o exemplo de Andy Warhol, um dos grandes nomes da Pop Art. «Era um grande coleccionador de coisas, mas nem chegava a tirá-las das embalagens – a sua casa era como um mausoléu, e tinha as mesmas dificuldades na escola», sustentou.
Para este investigador, o facto de personalidades de destaque terem sido possíveis vítimas desta doença «prova que devemos aceitar os excêntricos e ser tolerantes para com eles». Albert Einstein e Isaac Newton já haviam sido identificados como portadores do síndrome de Asperger.
http://diariodigital.sapo.pt/

15 julho 2007

A.P.P.D.A- uma Associação com o Autismo


Pretendo deixar neste espaço endereços de serviços que estejam direccionados para a problemática do Autismo. Fá-lo-ei á medida que os for descobrindo. Nada estará finalizado. Todo o tabalho aqui apresentado estará em construção. Se souber de alguns que queira partilhar, terei todo o prazer em os postar. Este é também um espaço seu. Ajude a construí-lo.

Autismo- "fuga da realidade"


"O Autismo foi descrito pela primeira vez em 1943, pelo médico austríaco Leo Kanner, trabalhando no Johns Hopkins Hospital, em seu artigo Autistic disturbance of affective contact, na revista "Nervous Child", vol. 2, p. 217-250. No mesmo ano, o também austríaco Hans Asperger descreveu, em sua tese de doutorado, a psicopatia autista da infância. Embora ambos fossem austríacos, devido à II Guerra Mundial, não se conheciam. A palavra "autismo" foi cunhada por Eugene Bleuler, em 1911, para descrever um sintoma da esquizofrenia, que definiu como sendo uma "fuga da realidade". Kanner e Asperger usaram a palavra para dar nome aos sintomas que observavam em seus pacientes. O trabalho de Asperger só veio a se tornar conhecido nos anos 1970, quando a médica inglesa Lorna Wing traduziu seu trabalho para o inglês. Foi a partir daí que um tipo de autismo de alto desempenho passou a ser denominado síndrome de Asperger. Nos anos 1950 e 1960, o psicólogo Bruno Bettelheim afirmou que a causa do autismo seria a indiferença da mãe, que denominou de "mãe-geladeira'". Nos anos 1970 essa teoria foi posta por terra e passou-se a pesquisar as causas do autismo. Hoje, acredita-se que o autismo esteja ligado a causas genéticas associadas a causas ambientais. Dentre possíveis causas ambientais, a contaminação por mercúrio tem sido apontada por militantes da causa do autismo como forte candidata, assim como problemas na gestação."

12 julho 2007

A entrada é pelo coração

A Sindrome de Kim Peek- Sind. de Savant

"A Síndrome de Savant é considerada um distúrbio psíquico com o qual a pessoa possui uma grande habilidade intelectual aliada a um déficit de inteligência. As habilidades savants são sempre ligadas a uma memória extraordinária, porém com pouca compreensão do que está sendo descrito.
Encontrada em mais ou menos uma em cada 10 pessoas com autismo e em, aproximadamente, uma em cada 2 mil com danos cerebrais ou retardamento mental, a síndrome de savant é citada na literatura científica desde 1789, quando Benjamim Rush, o pai da psiquiatria americana, descreveu a incrível habilidade de calcular de Thomas Fuller, que de matemática sabia pouco mais do que contar. Em 1887, no entanto, John Langdon Down, mais conhecido por ter identificado a síndrome de Down, descreveu 10 pessoas com a síndrome de savant, com as quais manteve contato ao longo de 30 anos – como superintendente do Earlswood Asylum (Londres). Langdon usou o termo idiot savant (sábio idiota), para identificar a síndrome, aceito na época em que um idiota era alguém com QI inferior a 25.
Atualmente, graças aos cerca de cem casos descritos na literatura científica, sabe-se muito mais sobre esse conjunto de habilidades - condição rara caracterizada pela existência de grande talento ou habilidade, contrastando fortemente com limitações que, geralmente, ocorrem em pessoas com QIs entre 40 e 70 – embora possa ser encontrado em outras com QIs de até 114.
Há ainda muito a ser esclarecido sobre a síndrome de savant. Os avanços das técnicas de imageamento cerebral, entretanto, vêm permitindo uma visão mais detalhada da condição, embora nenhuma teoria possa descrever exatamente como e por que ocorre a genialidade no savant.
Mais de um século, desde a descrição original de Down, especialistas vêm acumulando experimentos. Estudos realizados por Bernard Rimland, do Autism Research Institute (Instituto de Pesquisa do Autismo), em San Diego, Califórnia, vêm corroborar com a tese de que algum dano no hemisfério esquerdo do cérebro faz com que o direito compense a perda. Rimland possui o maior banco de dados sobre autistas do mundo, com informações sobre 34 mil indivíduos. Ele observa que as habilidades savants presentes em pessoas autistas são, mais freqüentemente, associadas às funções do hemisfério direito (incluem música, arte, matemática, formas de cálculos, entre outras aptidões), e as habilidades mais deficientes são as relacionadas com as funções do hemisfério esquerdo (incluem linguagem e a especialização da fala).
A síndrome de savant afeta o sexo masculino com freqüência quatro a seis vezes maior e pode ser congênita ou adquirida após uma doença (como a encefalite) ou algum dano cerebral."

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre, aqui:
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_de_Savant

Kim Peek o homem que esteve por trás de Rain Man


"Kim Peek memorizou mais de 7.500 livros. Descreve os números de rodovias que vão para qualquer cidade, vilarejo ou condado dos EUA, códigos DDD, CEPs, estações de TV e as redes telefônicas que os servem. Identifica o dia da semana de uma determinada data em segundos. É mentalmente incapacitado, depende de seu pai para suas necessidades básicas. Peek serviu de inspiração para o personagem Raymond Babbit, que Dustin Hoffman representou em 1988 no filme Rain man."

ver em http://es.wikipedia.org/wiki/Kim_Peek

Apesar de estar em inglês, não resisti á tentação de postar este vídeo. Tenciono, mais tarde, fazer a tradução para que possam acompanhar a história de vida deste homem. Ver o filme que se baseou na sua experiência e forma de ser, ajuda a entender melhor o que se passa com pessoas portadoras desta síndrome. Espantoso!

Um livro a ler- Apoio Terapêutico aos Pais

"São inúmeras as perturbações que podem ocorrer nas relações entre pais e filhos. Esta obra apresenta uma vasta gama de meios, cuidados, terapias, intervenções socio-educativas, que permitem proporcionar um apoio terapêutico aos pais e aos filhos em sofrimento. A primeira parte, centrada no auxílio à parentalidade em sofrimento, aborda sucessivamente o projecto terapêutico, a adolescência e a parentalidade e o laço pais-adolescentes em situação de exílio. A segunda apresenta, com pormenor, as diversas modalidades de intervenção e de prestação de cuidados através da prática da mediação familiar, o papel do centro médico-psicológico e as relações entre família de acolhimento e família de origem. A terceira parte trata de três tipos de trabalho com os pais na área do autismo, da psicose e dos comportamentos adictivos."

de Gérard Bléandonu
a procurar aqui:http://www.psicologia.com.pt/media/ver_livro.php?id=61

Rain Man


Encontro de Irmãos
nome original: Rain Man
realizador: Barry Levinson
ano: 1988
país: EUA
género: Drama

"Um jovem yuppie (Tom Cruise) recebe a notícia de que o pai, que não vê há anos, faleceu. Na leitura do testamento descobre que um irmão que não conhece tinha herdado três milhões de dólares. O yuppie sequestra o irmão autista da instituição onde ele está internado, com o intuito de levá-lo para Los Angeles e exigir metade do dinheiro. É durante uma viagem cheia de pequenos imprevistos que os dois se conhecem e compreendem o significado de serem irmãos.
Ganhou 4 Óscares nas seguintes categorias: Melhor Filme, Melhor Realizador, Melhor Actor (Dustin Hoffman) e Melhor Argumento Original. Foi ainda nomeado para outras 4 categorias: Melhor Banda Sonora, Melhor Direcção Artística, Melhor Fotografia e Melhor Edição. Ganhou 2 Globos de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Drama e Melhor Actor - Drama (Dustin Hoffman), além de ter sidonomeado para as categorias de Melhor Realizador e Melhor Argumento. Ganhou o Urso de Ouro no Festival de Berlim."

Um filme imperdível!

11 julho 2007

Porque é preciso viver assim

1. Crescer-Não é ser mais alto ou maior, mas também prestar atenção ás pequenas coisas do quotidianoe, a partir delas projectar-nos para que possamos realizar os nossos sonhos

2. Sermos nós próprios-É olhar para dentro do nosso coração que é o mais profundo de nós, e não esconder aquilo que sentimos que somos.

3. Amar e ser amado- O Amor é o sentimento que atravessa qualquer barreira e supera todos os obstáculos. Cada familia/equipa deve abrir de par em par as suas portas para que o Amor se instale em cada um dos membros e possa entregar-se sem condições.

4. Dialogar- É muito mais do que contarmos com palavras o que nos acontece. Dialogar também pressupõe saber compreender um olhar triste, sorrir no mommento adequado ou dar um abraço apertado e terno dizendo "Estou contigo".

5. Confiar- É saber que no nosso lar/escola vamos sempre encontrar serenidadee calma perante qualquer problema que tenhamos de solucionar.

6. Respeitar- É aceitarmo-nos quando pensamos o mesmoe, mais ainda, quando alguma diferença se instale em casa/escola. Devemos ter sempre presente que cada indivíduo é o único e que as diferenças também podem unir-nos.

7. Cuidar- Não é outra coisa senão estarmos atentos a tudo o que pode acontecer aos seres que amamos e que fazem parte das nossas familias/comunidades.

8. Divertir-nos- É procurar espaço, esse "espaço" onde cada um possa rir até mais não, correr até ao esgotamento, olhar para o céu, cantar até ao infinito e partilhar com os outros.

9. Defender- Defender implica acreditar no que temos e sobretudo valorizá-lo. Em casa/escola encontraremos sempre o "testemunho" mais verdadeiro e caloroso acerca da vida e a resposta a todas as perguntas que nos inquietam.

10. Ser felizes- Se formos capazes de ver em familia/equipa este decálogo e decidirmos pô-lo em prática, estamos no caminho certo para alcançar o nosso bem estar e poder ser felizes junto dos que amamos.

(autor desconhecido)

Sinais precoces de Autismo


"Esta é a Jade a empilhar blocos com 20 meses de idade. 3 semanas antes tinhamos descoberto que era autista. Reparem na ausência do contacto visual e a falta de partilha pelo seu sucesso comigo, embora eu fale constantemente e esteja sentada junto a ela. Estes são sinais criticos e precoces de Autismo. A Jade nunca alinhou coisas, como algumas crianças com autismo fazem, ela gosta de empilhar objectos. Repare também como ela continua a construir mesmo que chateada quando a torre cai.
No final a Jade toca uma cançao num brinquedo, a mesma canção que toca de cada vez que ela completa com sucesso a torre. De cada vez que o faz ela afasta-se e fixa o olhar na torre enquanto a canção toca ( a isto chama-se aderência a rotinas específicas não funcionais ou rituais, outro sinal precoce do Autismo) mas nem uma única vez me "mostra" a torre.
Nessa altura pensei que ela tinha simplesmente herdado as capacidades de engenharia do pai (que ele tem). Curiosamente, em muitos estudos de Simon Baron Cohen, investigador na Universidade de Cambridge, concluiu-se que nos pais e avós de crianças com Autismo apareciam mais do que o dobro no campo da engenharia, comparados com outros pais e avós doutras crianças. Esta ligação entre Autismo e Engenharia pode trazer alguma luz não só ao Autismo em si, mas finalmentenas bases genéticas de duas capacidades humanas essenciais : campo psicológico e campo fisico. " (tradução feita por mim)


Novembro 20, 2006 De: aware4autism

Não importa o que dizem


Todo dia é tão maravilhoso
E inesperadamente, fica difícil de se respirar
Agora e depois, eu me sinto insegura
Com toda a dor, eu me sinto envergonhada

Eu sou bonita não importa o que eles digam
Palavras não vão me fazer cair
Eu sou bonita em todos os sentidos
Sim, palavras não vão me fazer cair
Então não me faça cair hoje

Para todos os seus amigos, você é delirante
Tão consumida pelo seu destino
Tentando arduamente cobrir o vazio
Os pedaços se foram, deixaram o quebra-cabeça sem fazer
É assim que tem que ser ?

Você é bonita não importa o que eles dizem
Palavras não vão te fazer cair
Você é bonita em todos os sentidos
Sim, palavras não vão te fazer cair
Então não me faça cair hoje
Não importa o que fazemos
Não importa o que dizemos

Nós somos a música dentro da melodia
Cheia de erros bonitos
E para onde nós formos
O sol sempre brilhará
Mas amanhã a gente poderá acordar
No outro lado

Porque nós somos bonitos não importa o que eles disserem
Sim, palavras não vão nos fazer cair
Nós somos bonitos em todos os sentidos
Sim, palavras não vão nos fazer cair
Então, não me faça cair

Façamos as malas

A viagem que proponho demorará o tempo que lhe quisermos dedicar. É a mundos secretos, porque secretos são todos os mundos. Estes duma forma especial por nos parecerem também inatingiveis. Levantar o véu, olhar para lá do muro, é o desafio a que me proponho e que convido a fazer. Porque nunca o conseguirei fazer sózinha. Daí que queira fazer esta viagem convosco.
Uma viagem ao mundo do Autismo. Acompanhe-me. O convite fica feito. Está sempre a tempo de embarcar.